Informativo

Praticar exercícios nas horas vagas contribui afasta risco de doenças cardíacas

29/07/2016

Estamos a menos de um mês das Olimpíadas Rio-2016, mas a maioria dos brasileiros pretende assistir aos jogos de seu sofá, ao invés de, de fato, praticar algum esporte. Não é como se todos precisassem ser atletas olímpicos, mas a falta de exercício no tempo de lazer pode estar por trás de um aumento em doenças cardiovasculares e metabólicas, segundo estudo coordenado pelo epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), que se destaca por acompanhar a saúde de uma população considerável ao longo dos anos.

Publicado na edição de junho da revista “Journal of the American Heart Association”, seu trabalho acompanhou 10.585 integrantes saudáveis do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), dos quais um quarto dizia praticar atividades físicas em seu tempo de lazer: ao menos 150 minutos de atividades físicas moderadas, ou pelo menos 75 minutos de atividade vigorosa por semana. Ao fazer a avaliação cardiovascular, o estudo verificou que os participantes ativos tinham uma série de indicadores de saúde melhores do que os inativos, como Índice de Massa Corpórea (IMC, referência de obesidade), tensão arterial e frequência cardíaca. A prevalência de hipertensão e diabetes também parecia mais baixa, assim como um índice que prevê o risco cardiovascular nos 10 anos seguintes. “A associação entre quem faz atividade física e a saúde cardiovascular é muito forte”, conta Lotufo. “Não dá para dizer que é uma relação casual”.