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Pesquisadores encontram biomarcadores para autismo em bebês

17/03/2017

Pesquisadores identificaram biomarcadores em exames de imagem de cérebros de bebês capazes de prever o risco do desenvolvimento de autismo em um momento futuro da infância.

O estudo inovador prospectivo de neuroimagem de 106 bebês com alto risco familiar para autismo e de 42 bebês de baixo risco mostrou que a hiperexpansão da área da superfície cortical entre seis e doze meses de idade precedeu o crescimento exagerado no volume cerebral entre 12 e 24 meses em 15 bebês de alto risco diagnosticados com autismo aos 24 meses.

Os achados, publicados este mês no Nature , poderiam facilitar o diagnóstico pré-sintomático do transtorno do espectro autista (TEA), possibilitando uma intervenção precoce.

“Quando o TEA é diagnosticado entre 2 e 4 anos de idade, frequentemente as crianças já ficaram para trás em termos de habilidades sociais, comunicação e linguagem em comparação aos seus colegas”, disse Annette Estes, coautora e diretora da Universidade do Centro de Autismo de Washington. “Depois de perder esses importantes marcos de desenvolvimento, tentar tirar o atraso é uma luta para muitos e praticamente impossível para alguns.”

“A última parte do primeiro ano de vida e o início do segundo ano são caracterizados por uma maior neuroplasticidade em comparação a idades mais avançadas e é um período em que as deficiências sociais associadas ao autismo ainda não estão bem estabelecidas. Intervenções nesta idade podem ser mais eficazes do que mais tarde no desenvolvimento”, explicaram os autores.