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Novo tratamento permite que vítimas do AVC recuperem movimentos

21/06/2017

Um novo método utilizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (SP) para auxiliar o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) foi desenvolvido com o objetivo de diminuir as sequelas provocadas por ele. A técnica é chamada de cateterismo cerebral e pode desentupir artérias cerebrais no período de 24 horas depois dos primeiros sintomas. O procedimento evita consequências trazidas pela doença como a paralisia facial e perda de movimentos, por exemplo.

O neurologista Octávio Pontes Neto explica que, por meio da introdução de um microcateter em uma artéria na perna do paciente é possível alcançar a região do cérebro que foi obstruída. Em seguida, um stent é utilizado para remover o coágulo que impede a circulação de sangue. “Com o tratamento endovascular, às vezes, a gente vê respostas dramáticas. Pacientes que ficariam sequelados pelo resto da vida voltam a andar com esse tratamento. Então, é uma alternativa terapêutica muito interessante.”, afirma ele. O médico diz, ainda, que este processo é mais eficiente do que o tratamento tradicional feito com medicamentos, pois pode desobstruir cerca de 80% dos vasos sanguíneos afetados.

O método está sendo desenvolvido no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e já é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).