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Estudo publicado na revista científica Translational Oncology, realizado em parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), mostra que a combinação de cisplatina com 5-FU é capaz de interferir no ciclo celular do câncer de esôfago, podendo ser uma estratégia de tratamento.

Os pesquisadores responsáveis testaram combinações de medicamentos já utilizados nos hospitais com outros que estão em testes clínicos. Os resultados foram surpreendentes, pois o efeito benéfico do tratamento parece depender da combinação de determinadas drogas. Entretanto, dependendo dessa combinação, as consequências podem ser inclusive prejudiciais”, afirma Helena Borges, professora do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e líder do estudo.

O estudo focou em avaliar a ação da cisplatina e do 5-FU sobre o pRB, molécula que funciona como reguladora universal do ciclo de divisão celular. A ideia também foi avaliar se esses mesmos medicamentos poderiam impactar na eficiência da indução de morte de células tumorais e ainda no efeito do tratamento padrão contra o câncer.

Biópsias de esôfago de pacientes saudáveis, em estágio pré-câncer e com câncer de esôfago já diagnosticado foram examinados quanto à expressão de pRB. Como resultado, foi observado uma correlação positiva da expressão de pRB inativada com a progressão tumoral em adenocarcinomas de esôfago. Em outras palavras, quanto mais avançada a doença, maior quantidade de pRB inativa. “Esses resultados reforçaram a nossa ideia de que o mau funcionamento da pRB também poderia contribuir para a evolução desse tipo de doença”, explica Borges.