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Medicamento diminui em mais da metade o risco de fraturas na osteoporose grave

10/01/2018

De acordo com os resultados de um estudo internacional inédito, que realizou a comparação de dois ativos contra a osteoporose, a teriparatida pode reduzir em mais da metade o risco de novas fraturas vertebrais em mulheres com a doença com estágio grave. A pesquisa contou com a participação de 1.360 mulheres acima dos 45 anos e na pós-menopausa no Brasil e em mais de 14 países da Europa, América do Norte e América do Sul.

O composto estimula a célula que forma os ossos (chamada osteoblasto) e apresentou melhor resultado que o risedronato, que proporciona a diminuição da ação da célula responsável pelo processo natural de perda óssea, o osteoclasto. No estudo, as participantes foram divididas igualmente em dois grupos. O primeiro recebeu aplicação diária, subcutânea, de 20mcg de teriparatida mais placebo oral semanal, enquanto o segundo ingeriu 35g de risedronato semanalmente mais injeção diária de placebo. Todas as mulheres já apresentavam fraturas e 72% tinham feito algum tratamento com medicação.

Após dois anos de acompanhamento, a teriparatida reduziu em 56% o risco de novas fraturas vertebrais – foram 28 casos contra 64 do grupo que recebeu risedronato. O composto também diminuiu em 54% a incidência de fraturas novas e agravadas, além de reduzir em 53% o risco de fraturas clínicas. “Os dois medicamentos são bons, a escolha depende muito do paciente e do médico. Mas, na osteoporose grave, a teriparatida foi significativamente mais eficiente”, explica Cristiano Zerbini, reumatologista do Hospital Sírio Libanês e um dos coautores do estudo.