Informativo

Mais uma possível causa do autismo

31/01/2018

Dentes de leite que chegam ao laboratório dos pesquisadores do projeto “A fada do dente”, na Universidade de São Paulo (USP), estão ajudando a conhecer melhor as alterações que podem ocorrer no cérebro em algumas formas de autismo. De causas ainda pouco conhecidas, o autismo – ou os transtornos do espectro do autismo, como preferem especialistas – inclui quadros tão variados quanto o autismo clássico, marcado por dificuldades severas de linguagem e de interação social, ou a síndrome de Asperger, na qual a inteligência é normal ou superior à média e a aquisição da linguagem se dá sem problemas, mas são comuns os gestos repetitivos e a falta de controle em movimentos delicados. Tais transtornos atingem cerca de 1% das crianças na Inglaterra e nos Estados Unidos e são quatro vezes mais comuns entre meninos do que entre meninas.

A partir de dentes de leite doados por crianças com e sem autismo, os grupos liderados pelos neurocientistas brasileiros Patricia Beltrão Braga, da USP, e Alysson R. Muotri, da Universidade de Califórnia em San Diego, nos EUA, confirmaram que uma inflamação em células cerebrais chamadas astrócitos pode estar associada ao desenvolvimento de uma forma grave do transtorno. Em laboratório, o controle da inflamação nos astrócitos reverteu alterações que ela provoca nos neurônios, as células responsáveis por transmitir e armazenar informações no cérebro e que se encontram mais imaturas nessa forma de autismo.

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Mais uma possível causa do autismo

31/01/2018

Dentes de leite que chegam ao laboratório dos pesquisadores do projeto “A fada do dente”, na Universidade de São Paulo (USP), estão ajudando a conhecer melhor as alterações que podem ocorrer no cérebro em algumas formas de autismo. De causas ainda pouco conhecidas, o autismo – ou os transtornos do espectro do autismo, como preferem especialistas – inclui quadros tão variados quanto o autismo clássico, marcado por dificuldades severas de linguagem e de interação social, ou a síndrome de Asperger, na qual a inteligência é normal ou superior à média e a aquisição da linguagem se dá sem problemas, mas são comuns os gestos repetitivos e a falta de controle em movimentos delicados. Tais transtornos atingem cerca de 1% das crianças na Inglaterra e nos Estados Unidos e são quatro vezes mais comuns entre meninos do que entre meninas.

A partir de dentes de leite doados por crianças com e sem autismo, os grupos liderados pelos neurocientistas brasileiros Patricia Beltrão Braga, da USP, e Alysson R. Muotri, da Universidade de Califórnia em San Diego, nos EUA, confirmaram que uma inflamação em células cerebrais chamadas astrócitos pode estar associada ao desenvolvimento de uma forma grave do transtorno. Em laboratório, o controle da inflamação nos astrócitos reverteu alterações que ela provoca nos neurônios, as células responsáveis por transmitir e armazenar informações no cérebro e que se encontram mais imaturas nessa forma de autismo.