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Enxaqueca: adesivos com eletrodos sem fio são tão eficazes quando medicamentos

06/03/2017

Os autores de um novo estudo publicado no Neurologyconcluíram que a estimulação remota da pele pode reduzir a dor da enxaqueca significativamente e representa uma opção terapêutica atraente, não farmacológica e não dispendiosa.

O estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado, transversal, controlado por simulação, envolveu 71 pacientes com enxaqueca episódica, que sofriam com dois a oito episódios por mês e não tinham tomado qualquer medicação preventiva para enxaqueca por pelo menos dois meses.

Foi pedido a eles que aplicassem um adesivo com eletrodos de pele na parte superior do braço por 20 minutos, logo após o início de um episódio de enxaqueca e que evitassem o uso de medicamentos por duas horas. Os dispositivos foram programados para aplicar, randomicamente, uma estimulação placebo ou simulada a uma frequência muito baixa ou uma estimulação ativa em um de quatro níveis. 

Em 299 tratamentos com dados disponíveis, foi obtida uma redução de 50% no nível da dor para 64% dos participantes durante a estimulação ativa no três níveis mais elevados, em comparação a 26% durante a estimulação simulada.

A hipótese dos autores é que isso provavelmente se devia à ativação das vias de inibição descendente através do efeito de modulação condicionada da dor.

Os pesquisadores também observaram que era mais eficaz iniciar a estimulação nos primeiros 20 minutos do início da enxaqueca.