Informativo

Eficácia e segurança do rivaroxabano após substituição da válvula aórtica transcatéter

02/12/2019

Um novo ensaio que comparou uma estratégia antitrombótica à base de rivaroxabano a uma estratégia à base de antiplaquetários após uma substituição da válvula aórtica transcatéter (transcatheter aortic valve replacement, TAVR) bem‑sucedida revelou que, entre os doentes sem uma indicação estabelecida para anticoagulação, o tratamento com rivaroxabano está associado a um risco mais elevado de morte e de complicações por tromboembolia, e a um risco mais elevado de hemorragia, do que uma estratégia à base de antiplaquetários. 

O ensaio aleatorizou 1.644 doentes em 16 países para receberem rivaroxabano numa dose diária de 10 mg (com aspirina numa dose diária de 75-100 mg durante os primeiros três meses) ou aspirina numa dose diária de 75-100 mg (com clopidogrel numa dose diária de 75 mg durante os primeiros três meses) após a TAVR bem‑sucedida. O ensaio foi terminado de forma precoce devido a preocupações de segurança.

Na análise de intenção de tratar, ocorreu a morte ou um primeiro episódio trombembólico em 105 doentes no grupo de rivaroxabano e em 78 doentes no grupo de antiplaquetários. Ocorreu um grande sangramento, provocando incapacidade ou sendo potencialmente fatal, em 46 doentes no grupo de rivaroxabano e em 31 doentes no grupo de antiplaquetários. 

Ao escreverem no jornal New England Journal of Medicine , os autores salientaram que não é claro o mecanismo subjacente à mortalidade mais elevada no grupo de rivaroxabano e que é necessária investigação adicional nesta área.