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Dificuldade em distinguir cores e formas podem ser sinais precoces da doença

31/07/2017

Estudo publicado na revista científica “Radiology” mostra que sinais de Parkinson podem ser identificados precocemente a partir de alterações na visão dos pacientes. Segundo os pesquisadores responsáveis, essa característica pode ser importante para ajudar na detecção rápida da doença.

Eles afirmam que, embora o Parkinson esteja ligado principalmente a problemas motores, também pode ter reflexos não-motores. Entre os sintomas estão alterações visuais como a dificuldade de perceber cores, mudanças na capacidade de observar contornos e formas dos objetos e diminuição no piscar dos olhos.

“Embora a doença de Parkinson seja considerada principalmente uma desordem motora, vários estudos mostraram que os sintomas não motores são comuns em todos os estágios da doença. No entanto, eles geralmente não são diagnosticados porque os pacientes desconhecem seu vínculo com a doença e, como resultado, acabam sendo negligenciados”, afirma Alessandro Arrigo, pesquisador da Universidade Vita-Salute San Raffaele, em Milão. “Os sintomas não motores do mal de Parkinson podem preceder o aparecimento de sintomas motores em mais de uma década”.

O estudo analisou 20 pacientes com diagnóstico recente da doença e ainda sem tratamento, e outros 20 pacientes saudáveis. Todos foram submetidos a ressonâncias magnéticas para identificar alterações. O exame foi feito nos pacientes doentes quatro semanas após o diagnóstico. “O estudo aprofundado dos sintomas visuais pode fornecer indícios sensíveis do Parkinson. As métricas de processamento visual podem ser úteis na diferenciação de transtornos da doença, observando a progressão da doença e auxiliando no monitoramento da resposta do paciente ao tratamento medicamentoso”, conclui Arrigo.