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Diabetes de início precoce ligado a maior risco de mortalidade

14/08/2018

Novos achados levaram os pesquisadores a sugerir que pacientes com diabetes tipo 1 (DT1) de início precoce recebam medicamentos cardioprotetores mais cedo do que costuma ser a prática, além de aumentar os esforços para parar de fumar e melhorar o controle glicêmico. 

O estudo, publicado no The Lancet, examinou dados de 27.195 indivíduos com DT1 do Registro Nacional de Diabetes da Suécia (Swedish National Diabetes Register) e 135.178 controles pareados. 

Foi observado que riscos cardiovasculares e sobrevida estavam fortemente relacionados à idade de surgimento da doença. O diagnóstico de DT1 antes dos 10 anos de idade resultou em uma perda de 16 anos de vida, enquanto o diagnóstico aos 26 - 30 anos foi associado a cerca de 10 anos de vida perdidos. Aqueles cuja doença teve início antes dos 10 anos tinham também um risco aproximadamente cinco vezes maior de doença coronariana e de infarto agudo do miocárdio em comparação àqueles diagnosticados entre 26 e 30 anos de idade. Em geral, os riscos em excesso foram maiores em mulheres do que em homens. 

“Embora o risco relativo para doença cardiovascular esteja aumentado após o diagnóstico precoce de diabetes, o risco absoluto é baixo”, disse o coautor, Dr. Araz Rawshani da Universidade de Gothenburg, na Suécia. “Contudo, a idade do surgimento da doença parece ser um importante determinante de sobrevida, bem como de resultados cardiovasculares no início da idade adulta, justificando a consideração do tratamento precoce com medicamentos cardioprotetores.”