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Cirurgia inovadora pode reduzir em até 90% convulsões de pacientes com epilepsia

15/01/2018

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, sendo 3 milhões somente no Brasil. A doença tem como principal característica as convulsões e pode ser controlada em até 80% dos casos.

Quando o tratamento com medicamentos não proporciona resultados satisfatórios, os médicos podem considerar outros procedimentos como a Terapia VNS (Estimulação de Nervo Vago). É uma cirurgia que pode reduzir em até 90% as crises convulsivas em pacientes com epilepsia, melhorando sua qualidade de vida.

De acordo com o Dr. Murilo Meneses, Chefe da Unidade de Cirurgia de Epilepsia do Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), a Terapia VNS é uma alternativa moderna e menos invasiva adotada para reduzir os sintomas da epilepsia.

Consiste no implante de um eletrodo no nervo vago esquerdo que é conectado a um gerador que fica no tórax. O gerador, ou marca-passo, é regulado para enviar estímulos através do nervo vago até o cérebro, o que faz inibir as crises convulsivas. Como o implante é na região do pescoço, não é necessária intervenção intracraniana.

“Cerca de 20 a 30% dos pacientes submetidos a medicamentos, mesmo a altas doses, persistem com as crises de convulsão. Nestes casos, fazemos uma investigação detalhada para observar a origem ou o foco epileptogênico. Algumas patologias como os tumores, esclerose mesial temporal, podem ter um tratamento específico com uma micro-secção neurocirúrgica. A estimulação do nervo vago é uma opção moderna e bem menos invasiva pois é uma cirurgia extra-craniana”, explica o Dr. Murilo Meneses.