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Unicamp desenvolve droga capaz de matar células do câncer de bexiga

10/10/2018

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um remédio capaz de matar células do câncer de bexiga. O tratamento é seis vezes mais potente do que o usual e já apresentou resultados positivos na redução de tumores em pacientes desenganados.

No combate a esse tipo de câncer, é comum a retirada do tumor seguida por uma terapia com a vacina BCG, mas muitas pessoas sofrem com os efeitos colaterais. A expectativa é que a nova droga chegue ao mercado em seis anos.

A droga é menos tóxica do que as habituais, porque é um nanofármaco. Tem alta efetividade e, por isso, é administrada em concentrações menores em relação aos quimioterápicos. Funciona como uma imunoterapia, estimula a produção de proteínas de células de defesa, destrói os tumores e proporciona melhora na qualidade de vida do paciente durante o tratamento. “O estudo produziu interferon, que consegue matar as células tumorais de uma forma mais efetiva”, afirma Wagner Favaro, pesquisador da Unicamp.

Há mais de um ano, a droga começou a ser testada em pacientes que apresentam metástase e já esgotaram todas as alternativas de tratamento. Os tumores tiveram redução de 40% a 50% no número e no tamanho. A expectativa de vida era de três meses e passou para um ano. Com o bom resultado, a Comissão de Ética em Seres Humanos da Unicamp liberou o teste da medicação para pacientes com câncer de bexiga em qualquer estágio da doença.