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Tratar esclerose múltipla com células-tronco é mais eficaz que medicação

01/06/2018

De acordo com estudo realizado por pesquisadores do Brasil, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos, o transplante com células-tronco da medula óssea do próprio paciente para combater a esclerose múltipla é mais eficaz do que a medicação disponível no mercado. Segundo Maria Carolina de Oliveira, pesquisadora do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP e da Divisão de Imunologia Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, o estudo irá analisar a eficácia do transplante.

“Parte da pesquisa ainda continua e os pacientes serão acompanhados por mais tempo e novos resultados devem ser apresentados em dois ou três anos. O objetivo é ver como a resposta ao transplante se sustenta em acompanhamento mais prolongado”, explica a professora. Ao todo, nos quatro países, participaram 110 voluntários, dos quais 55 foram transplantados e 55 receberam tratamento convencional.

“Dos transplantados, apenas três (6%) reativaram a doença após o transplante. No outro grupo, tratado com a medicação disponível no país, 33 (60%)”, afirma Maria Carolina. Para identificar a possibilidade de transplante, os médicos utilizam a escala neurológica EDSS para medir o grau de comprometimento que a doença já provocou no paciente.

Além da eficácia, o transplante também oferece o melhor custo-benefício. De acordo com dados divulgados pelo Jornal da USP, o transplante tem custo estimado de R$ 22 mil, considerando o uso de instrumental e a medicação usada durante o procedimento (não fazem parte deste valor os custos de salários da equipe e internação). Já a medicação tem preço aproximado de R$ 12 mil ao mês.