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Trabalhos estressantes estão associados a um maior risco de fibrilação atrial

06/06/2018

Um estudo no European Journal of Preventive Cardiology observou que ter um trabalho estressante está associado a um maior risco de fibrilação atrial (FA).

O estudo investigou a associação entre estresse no trabalho e FA em 13.200 participantes incluídos na pesquisa sueca longitudinal de saúde ocupacional (Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health, SLOSH).

Os participantes estavam empregados e não tinham histórico de FA, infarto ou insuficiência cardíaca. A metodologia de avaliação incluiu a combinação de dados autorrelatados de estresse no trabalho com dados de acompanhamento da FA em registros nacionais.

Durante um acompanhamento mediano de 5,7 anos, foram identificados 145 casos de FA. Os resultados mostraram que o estresse no trabalho estava associado a um aumento de 48% no risco de FA (HR 1,48; IC95% 1,00 - 2,18) depois de ajustar para idade, sexo e nível de escolaridade. Ajustes adicionais considerando tabagismo, atividade física, índice de massa corporal e hipertensão não alteraram o risco estimado.

A metanálise do estudo atual e de dois estudos previamente publicados mostrou um padrão consistente, com o estresse no trabalho associado a um maior risco de FA em todos os três estudos. A estimativa do risco conjunto aumentado foi de 37% (HR 1,37; IC95% 1,13 - 1,67).

Os resultados enfatizam que exposições ocupacionais, como trabalho estressante, podem ser fatores de risco importantes para FA incidental.