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Tendência genética à obesidade pode ser revertida com alimentação saudável

06/09/2018

Em diversos casos, a obesidade é resultado de uma tendência genética. Porém, uma pesquisa publicada recentemente mostrou que esta condição é reversível.

O estudo, liderado pela pesquisadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Aline Rocha, aponta que a redução de bebidas açucaradas e cereais refinados pode modificar a atuação de receptores de hormônios que produzem a sensação de saciedade.

A pesquisa buscou compreender o efeito da alimentação no gene receptor da leptina, um hormônio que faz a conexão neural e sinaliza para o corpo a hora de parar de comer. Desta forma, foi identificado que o consumo de bebidas açucaradas e cerais refinados causam alterações no gene receptor da leptina, comprometendo a transmissão desse sinal.

Como método de avaliação, os pesquisadores investigaram a dieta alimentar de 1.211 crianças entre 4 e 11 anos. O resultado foi que uma a cada dez crianças estava acima do peso ideal – divididos entre 8,8% que estavam na faixa acima do peso e 4,8% foram considerados obesos.

“Esses achados sugerem que o consumo acima da mediana de bebidas açucaradas e cereais refinados potencializa o efeito no ganho de peso em indivíduos que são geneticamente predispostos ao armazenamento de gordura corporal”, comentou Rocha.