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STEMI: as mulheres esperam mais para pedir ajuda do que os homens

17/12/2018

Um novo estudo que investigou as diferenças de gênero dos pacientes e a demora do sistema para a realização da intervenção coronária percutânea primária naqueles com infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (STEMI) observou que mulheres esperam mais tempo para procurar ajuda. 

Os pesquisadores compararam a demora do paciente a partir do início dos sintomas até o primeiro contato médico e a demora do sistema entre o primeiro contato médico e a reperfusão facilitada por intervenção coronária percutânea em 967 mulheres e 3.393 homens tratados entre 2000 e 2016 na rede de tratamento para STEMI da Suíça. 

Eles observaram que o sexo feminino estava independentemente associado a uma maior demora do paciente em comparação ao sexo masculino (P = 0,02), respondendo por um tempo de isquemia total 12% maior em mulheres entre 2012 e 2016 (mediana 215 vs. 192 minutos, P < 0,001). Os autores salientaram que diferente dos homens, os sinais clínicos de desconforto torácico em andamento não preveem atrasos nas mulheres, sugerindo ser menos provável que pacientes mulheres com STEMI atribuam os sintomas a um quadro clínico que precise de um tratamento urgente. 

Não houve diferenças no tempo de fornecimento da assistência por profissionais de saúde. 

A mortalidade hospitalar foi significativamente maior em mulheres (5,9%) do que em homens (4,5%) durante o período do estudo; contudo, as demoras não foram associadas à mortalidade hospitalar depois de corrigidas para múltiplos fatores. 

Esta pesquisa está publicada no periódico European Heart Journal: Acute Cardiovascular Care.