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Sexo oral e relações sem camisinha estão disseminando supergonorreia, segundo OMS

31/07/2017

As bactérias seguem desenvolvendo resistência às doenças, criando doenças cada vez mais resistentes às drogas e antibióticos disponíveis

O sexo oral está produzindo uma nova forma de gonorreia e o declínio no uso da camisinha está ajudando a espalhar a doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade alerta que, se alguém contrai a gonorreia, enfrenta uma doença muito difícil de tratar – em alguns casos, impossível. Isso porque a infecção sexualmente transmitida (IST) está rapidamente desenvolvendo resistência a antibióticos. Especialistas chamam a situação de “bastante sombria”, com poucos medicamentos à vista.

Em torno de 78 milhões de pessoas contraem ISTs por ano e elas podem causar infertilidade em casos não tratados. A OMS analisou dados de 77 países, o que comprovou que a gonorreia resistente a antibióticos se espalhou por várias nações. Teodora Wi, da OMS, afirma que foram encontrados três casos, no Japão, França e Espanha, onde a infecção era simplesmente intratável. "A gonorreia é uma bactéria muito esperta, toda vez que você introduz uma nova classe de antibióticos para tratá-la, a bactéria adquire resistência", afirma.

A gonorreia pode infectar as genitais, o reto e a garganta, mas a que mais preocupa é esta última. Wi explica que a gonorreia na garganta aumenta as chances do desenvolvimento da resistência aos antibióticos, já que esses medicamentos são administrados em menor dosagem para infecções nesta área do corpo repleta de bactérias (entre as quais, algumas já desenvolveram a resistência a drogas.