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Pesquisa de diabetes avança e alguns pacientes conseguem não precisar de insulina por mais

10/07/2017

Cientistas de todo o mundo trabalham em diversas frentes para “aposentar” a insulina e as medições de glicemia com picadas, o que aumentaria o bem estar de, pelo menos, 18 milhões de pessoas no Brasil que sofrem com diabetes – o número cresceu 62% na última década. Um trabalho pioneiro realizado no país, e que agora entra em nova fase, já deixa pacientes sem a medicação há mais de dez anos.

Cerca de 90% dos casos são de diabetes do tipo 2, que ocorre por resistência à ação da insulina e tem a obesidade entre suas principais causas. Os casos restantes são de diabetes tipo 1, doença autoimune que leva o sistema imunológico a atacar o pâncreas do paciente, destruindo as células beta, que produzem insulina. Novas pesquisas envolvem terapia com células-tronco, implante de células pancreáticas artificiais, bombas eletrônicas de insulina, aplicação por via oral ou nasal e monitoramento da glicemia por escaneamento.

Uma das iniciativas de maior impacto no tratamento de diabete tipo 1 vem sendo desenvolvida por cientistas brasileiros desde 2003, na Unidade de Terapia Celular do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP). O método foi idealizado por Júlio Voltarelli e, após sua morte, em 2012, passou a ser defendido pelo endocrinologista Carlos Couri. “Conseguimos algo que ninguém imaginava ser possível: suspender a insulina de pessoas com diabetes tipo 1”, diz.