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Os resultados do estudo PURE levaram investigadores a solicitar uma revisão das diretrizes

12/09/2017

Os perturbadores ou desreguladores endócrinos são substâncias que alteram o funcionamento normal do sistema endócrino de um organismo e podem ser encontrados em alimentos de origem animal ou vegetal, recipientes plásticos, inseticidas, remédios, cosméticos e outros produtos consumidos cotidianamente. Biólogos, químicos, médicos e outros profissionais da área de saúde apresentam grande preocupação em relação a essas substâncias, uma vez que a exposição ou consumo das mesmas pode provocar efeitos nocivos ao sistema endócrino de diversos tipos de organismo.

A professora Renata Guimarães, do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP), explica que esses compostos químicos foram descritos pela primeira vez na década de 60, quando o pesticida DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) foi utilizado em larga escala, principalmente no combate aos mosquitos transmissores do tifo e da malária. Renata explica que ainda com conhecimento de que pesticidas possuem substâncias perigosas à saúde humana e outras espécies, muitas vezes os efeitos causados pelo uso desses produtos são desconhecidos. Além disso, o tempo para que os efeitos ocasionados por perturbadores endócrinos apareçam pode variar de substância para substância.

De acordo com a professora, existem poucas informações à disposição da população para evitar ou, ao menos, diminuir a exposição aos perturbadores endócrinos. “Uma das coisas que a gente deve evitar é aquecer alimentos em produtos plásticos. Já no caso de uma exposição que acontece de forma mais intensa, o ideal é o tratamento de esgoto. Quando existe o tratamento adequado do esgoto é possível evitar uma grande quantidade de exposição a esses compostos”, afirma Renata