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Mesmo usando filtro, exposição ao Sol pode ser perigosa

04/10/2017

Embora as pessoas tenham passado a usar filtros solares nos últimos anos, a incidência de câncer de pele na população continua elevada. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra a cada ano cerca de 180 mil novos casos. Na Austrália, apesar da campanha massiva para promover o uso de protetores solares, a incidência do melanoma invasivo aumentou 13% na população suscetível com idade inferior a 30 anos, segundo dados de um artigo publicado no Journal of Investigative Dermatology. Por trás destes números pode estar a ação da luz visível, que também causa danos à pele, principalmente associada à exposição aos raios UVA.

O alerta foi feito pelo professor Maurício S. Baptista, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Cepid Redoxoma), que, em julho, publicou resultados de mais de um estudo de seu grupo sobre fotodano, desta vez demonstrando os efeitos combinados da radiação UVA e da luz visível causam lesões pré-mutagênicas no DNA nuclear de queratinócitos, que são células do tecido epitelial.

“A sociedade erra ao considerar a luz visível segura. As políticas de proteção solar são centradas na prevenção de danos causados pela exposição à radiação ultravioleta (UV), quando já se sabe que a luz visível também causa danos à pele”, afirma Baptista.