Informativo

Medicamentos para distúrbios metabólicos e obesidade

16/09/2016

A pandemia crescente de diabetes e obesidade tem um impacto substancial sobre a morbidade, mortalidade e despesas com tratamentos de saúde. Além do estilo de vida, ponto central do tratamento, e da cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade, as opções farmacoterapêuticas são limitadas.

O medicamento antiobesidade ideal produziria uma perda de peso sustentada com efeitos colaterais mínimos. Contudo, considerando que os mecanismos que regulam o balanço energético se sobrepõem a outras funções fisiológicas e também são influenciados por uma gama de fatores que comprometem a eficácia das intervenções farmacológicas, não é de surpreender que a pesquisa e o desenvolvimento para descoberta de medicamentos antiobesidade estejam repletos de falhas. Além disso, os efeitos colaterais provaram ser um problema com diversos novos agentes.

Novos tratamentos para obesidade que sejam bem tolerados e mais eficazes são, portanto, uma necessidade urgente. Neste contexto, avanços no entendimento da neurobiologia básica da fome e saciedade, especialmente no caso da grelina, colecistoquinina (CCK), peptídeo YY (PYY) e peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) e do mecanismo homeostático relacionado à leptina e suas vias a montante no hipotálamo, sugerem um novo potencial. Vale observar que os agonistas do receptor de GLP-1 são promissores, não apenas porque estes agentes estão atualmente disponíveis para o tratamento do diabetes, mas por causa dos seus potenciais efeitos na redução do peso corporal em humanos. É provável que o desenvolvimento de tratamentos eficazes e seguros contra a obesidade requeira múltiplas estratégias para permitir a customização da terapia para o indivíduo, assegurando a sustentabilidade da perda de peso.