Informativo

Litotripsia intravascular muda o jogo para as calcificações coronarianas

16/11/2020

A litotripsia intravascular se provou altamente efetiva, segura e fácil de ser realizada como complemento à inserção de stent para tratar lesões coronarianas muito calcificadas no acompanhamento de 30 dias do estudo Disrupt CAD III, que teve como objetivo obter aprovação regulatória da técnica nos Estados Unidos.

A tecnologia é basicamente a mesma da litotripsia extracorpórea, usada para o tratamento da  litíase renal  há mais de 30 anos: transmissão de ondas de pressão acústica pulsadas para fraturar o cálcio. No caso da cardiologia intervencionista, entretanto, o transmissor é localizado dentro de um cateter de angioplastia por balão, explicou o  Dr. Dean J. Kereiakes  ao apresentar os resultados do estudo no encontro anual virtual Transcatheter Cardiovascular Research Therapeutics.

No Disrupt CAD III, a litotripsia intravascular excedeu muito os alvos de desempenho de sucesso do procedimento e de ausência de eventos adversos cardiovasculares maiores (mace, sigla do inglês, Major Adverse Cardiovascular Events) em 30 dias, que foram estabelecidos em conjunto com a Food and Drug Administration (FDA). Deste modo, o dispositivo de litotripsia intravascular desenvolvido pela Shockwave Medical abordou com sucesso um dos maiores desafios da cardiologia intervencionista contemporânea: lesões coronarianas muito calcificadas.