De acordo com um estudo publicado no JAMA , anticoagulantes continuam a ser insuficientemente usados por pacientes com fibrilação atrial (FA) que tiveram um AVC.
Em um estudo envolvendo 94.474 pacientes hospitalizados com um AVC isquêmico agudo e histórico conhecido de FA, quase 85% não estavam recebendo terapia anticoagulante antes do AVC e 30% não estavam recebendo tratamento antitrombótico antes do AVC. Apenas 7,6% estavam recebendo varfarina, 8,8% estavam recebendo novos anticoagulantes orais (novel oral anticoagulants, NOACs) e 40% estavam recebendo apenas terapia antiplaquetária. A anticoagulação terapêutica estava associada a um risco menor de AVC moderado a grave e a um risco menor de mortalidade hospitalar.
A FA aumenta o risco de AVC por um fator de 4 a 5 e corresponde a 10 a 15% de todos os AVCs isquêmicos. Enquanto a carga de AVC relacionada à FA é alta, o quadro clínico é um fator de risco potencialmente tratável.
“A fibrilação atrial é um fator de risco importante, mas potencialmente tratável, para AVC. A despeito de numerosas recomendações por diretrizes internacionais, muitos pacientes acabam por não receber o tratamento adequado na prevenção do AVC”, escreveram os autores.