Informativo

Horas de trabalho estendidas são associadas ao risco aumentado de fibrilação atrial

18/07/2017

Depois de analisar dados de mais de 85.000 homens e mulheres no Reino Unido, Dinamarca, Suécia e Finlândia, que participaram do Estudo de consórcio da Meta-análise individual de dados de participantes em populações de trabalho (Individual Participant Data Meta-analysis in Working Populations, IPD-Work), em comparação a pessoas com uma carga de trabalho semanal normal de 35 a 40 horas, aqueles que trabalharam 55 horas ou mais por semana tinham uma probabilidade aumentada em aproximadamente 40% de desenvolver FA durante um acompanhamento de dez anos. O ajuste para potenciais fatores confundidores, como obesidade, consumo arriscado de álcool e hipertensão, teve pouco impacto nesta associação. 

Nove dentre dez casos de FA ocorreram em pessoas que não tinham doença cardiovascular pré-existente ou concomitante. O autor principal, Professor Mika Kivimaki, do departamento de epidemiologia da University College London, disse que os achados sugerem ser provável que o risco aumentado seja um reflexo do efeito de longas horas de trabalho ao invés do efeito de qualquer doença cardiovascular pré-existente ou concomitante; contudo, são necessárias mais pesquisas para entender os mecanismos envolvidos.