Informativo

• Esta metanálise sugere uma associação significativa entre a troponina cardíaca T (TnT) e a ocorrência e recorrência de FA, bem como de AVC/embolia sistêmica (ES) e hemorragia importante, mas não de mortalidade após ablação por radiofrequência (ARF).
• Não foi observada nenhuma associação desse tipo para os níveis de troponina cardíaca I (TnI).

Por que isto importa?

• Como todos os pacientes com FA apresentam níveis elevados de troponina após ARF, seu poder preditivo para a incidência e recorrência de FA é discutível.

Desenho do estudo

• Esta revisão sistemática, metanálise e metarregressão avaliou 27 estudos associados à ocorrência incidental de FA (n = 13), recorrência de FA após ARF (n = 8) ou tendência prognóstica relacionada a FA com níveis aumentados de troponina (n = 6).
• Financiamento: Fundação Nacional de Ciência da China (National Science Foundation of China).

Resultados principais

• FA incidental versus nenhuma FA estava associada a níveis significativamente maiores de TnT (diferenças médias padronizadas [DMP], 3,77; P < 0,001; I2, 99,7%), mas as diferenças nos níveis de TnI (DMP, 0,42; P = 0,06; I2, 87,0%) foram não significativas.
• Os níveis de TnI periablação (DMP, −0,61; P = 0,049; I2, 87,1%) foram similares, mas os níveis de TnT (DMP, 0,38; P = 0,002, I2, 64,7%) foram significativamente maiores em pacientes com recorrência de FA.
• Níveis maiores de TnT estavam associados a um risco aumentado de AVC/ES (r2, 0,93; P = 0,04) ou sangramento importante (r2, 0,99; P < 0,0001).
• Níveis de TnT (r2, 0,20; P = 0,31) ou TnI (r2, 0,09; P = 0,25) não estavam associados a mortalidade.
• Não foi observada associação entre níveis maiores de TnI e o risco de AVC/ES (r2, 0,02; P = 0,74) ou sangramento importante (r2, 0,002; P = 0,92).