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Estudo mostra que perda de peso não é determinante para capacidade física

10/10/2018

As intervenções tradicionais para o cuidado da obesidade costumam relacionar a saúde com a perda de peso. Para atingir esse objetivo, elas propõem dietas e atividades físicas extenuantes. No entanto, um estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) demonstrou que a perda de peso não é determinante para obter melhoras na capacidade física, na proteção cardiovascular e na qualidade de vida.

Os pesquisadores acompanharam 58 mulheres obesas durante sete meses em uma intervenção que procurou dar estímulos à prática de atividades físicas prazerosas, sem prescrever dietas. As mulheres que participaram da pesquisa não tiveram redução de peso. O que poderia ser um fator desmotivante, porém, não as impediu de se tornarem mais ativas.

As voluntárias selecionadas para o estudo tinham entre 25 e 50 anos, IMC entre 30 e 39,9 e eram sedentárias. Para participar, não poderiam ter diabetes, doença coronária ou renal nem usar remédios para emagrecimento, diuréticos ou supressores de apetite. Além disso, não poderiam fazer acompanhamento nutricional fora da intervenção proposta pelo estudo.

Ao final do estudo, as mulheres registraram melhoras na capacidade aeróbica e na função muscular, diminuíram o consumo de alimentos ultraprocessados, aumentaram o consumo de frutas, vegetais e hortaliças e relataram estar mais engajadas em atividades físicas fora da intervenção. Elas também passaram a identificar melhor os sinais de saciedade e melhoraram a percepção de sua imagem corporal.