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Estudo mostra que fragilidade social está relacionada a complicações por HIV

14/08/2017

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) mostra que pessoas que vivem em condições de fragilidade social estão mais sujeitas à internação hospitalar por complicações provocadas pelo HIV. O estudo de Lívia Maria Lopes revela que desempregados têm quase quatro vezes mais chances de ter complicações. Já os aposentados/do lar apresentam sete vezes mais chances de internação. Os moradores de rua têm dez vezes mais chances de serem internados do que pessoas que têm moradia.

A pesquisa analisou o prontuário clínico de cada paciente que vive com HIV em Ribeirão Preto. No total, 60,7% dos que estavam internados não faziam uso da terapia antirretroviral e 58,9% apresentavam histórico de abandono dos medicamentos. Dentre os que não estavam internados, 83,9% usavam a terapia de maneira adequada, além de 83,1% tomarem os medicamentos corretamente.

A enfermeira também verificou que a condição educacional está associada à situação de saúde destes indivíduos. Esta parte do estudo foi dividida em duas etapas. Na primeira, de forma individual, foi constatado que a baixa escolaridade interfere no quanto o paciente está informado sobre a transmissão do vírus e prevenção. Já na segunda etapa, que analisou o aspecto socioeconômico, foi percebido que as internações por HIV estão ligadas à ausência de fonte de renda.