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Estudo compara opções de tratamento para depressão

31/07/2017

Com objetivo de comparar dois tipos de tratamento para sintomas de depressão, uma pesquisa publicada na revista New England Journal of Medicine analisou a técnica de estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) e a terapia com o medicamento escitalopram. Os resultados do estudo conduzido pelo médico e pesquisador André Brunoni mostraram que o remédio foi mais eficiente na redução da gravidade da depressão. “O escitalopram é um tratamento farmacológico de primeira linha já consagrado para os sintomas da depressão”, diz.

A pesquisa que foi realizada no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) fez a análise de 245 pacientes adultos com depressão unipolar, não psicóticos e sem ideação suicida. Os pacientes tratados com a ETCC receberam a estimulação uma vez por dia durante três semanas e, depois, uma vez na semana até o fim do estudo, na décima semana. Já o grupo que recebeu o escitalopram ingeriu 10mg do medicamento por dia durante três semanas e, depois, 20mg ao dia, até a décima semana de tratamento.

A conclusão do estudo foi que o tratamento com escitalopram é mais eficaz do que aquele feito com ETCC. Sendo assim, foi constatado que o tratamento com uso do fármaco é a escolha mais indicada em pacientes de depressão com características semelhantes. “A ETCC deve ser reservada a casos específicos em que a terapia com uso de medicamento não é recomendada, por exemplo, quando o paciente apresenta intolerância medicamentosa, não pode utilizar medicamentos por motivo de saúde ou não queira usar por preferência pessoal”, considera Brunoni.