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Droga para controlar colesterol demonstrou proteger cérebro durante a sepse, afirma estudo

07/07/2017

A sinvastatina é mundialmente utilizada para o controle do chamado “colesterol ruim”, o LDL. Da classe das estatinas, o medicamento além de baixar os níveis de lipídeos no sangue e prevenir doenças cardiovasculares, também pode proteger o cérebro exposto à resposta inflamatória generalizada à infecção, ou seja, sepse. Esse é um dos achados do estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da Universidade de São Paulo (USP), liderado pela professora Maria José Alves da Rocha.

A mortalidade em unidades de tratamento intensivo por causa da sepse alcança 70%, no Brasil. É sabido que essa resposta inflamatória pode atingir diferentes tecidos e órgãos. Dependendo da gravidade, compromete também estruturas cerebrais, com danos em áreas responsáveis por funções orgânicas.

Os alvos dos estudos da equipe da USP em Ribeirão Preto foram o córtex pré-frontal e o hipocampo. A sinvastatina, que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes tem sido testada não apenas em doenças que afetam o sistema cardiovascular mas, também, o sistema nervoso central, como os acidentes vasculares encefálicos. O objetivo da pesquisa foi verificar se os pacientes que usam sinvastatina estariam protegidos de alguma forma dos danos neuronais que podem acontecer durante a sepse.

As análises não só confirmaram os efeitos antioxidantes e anti-inflamatório nas células, mas mostraram que a sinvastatina reduz alterações observadas nessas áreas do cérebro após a sepse.