Informativo

Descoberta ajudará personalizar tratamento do câncer de mama em estágio inicial

31/01/2017

Achado poderá livrar pacientes com lesões consideradas indolentes de abordagens clínicas mais agressivas

Pesquisadores do A.C Camargo Cancer Center, em uma pesquisa publicada na revista Oncotarget, relataram um grupo de 26 genes que possuem potencial para virarem biomarcadores de agressividade para um subtipo de câncer de mama conhecido como carcinoma ductal in situ (DCIS, na sigla em inglês). Apoiado pela FAPESP, o estudo foi coordenado pela pesquisadora do Laboratório de Genômica e Biologia Molecular, Dirce Carraro.

“Se confirmada por novos estudos, a descoberta ajudará a personalizar o tratamento da doença, livrando pacientes com lesões consideradas indolentes de abordagens clínicas mais agressivas, como cirurgia e radioterapia”, explica Carraro em entrevista à Agência FAPESP.

De acordo com a explicação da pesquisadora, os casos classificados como ductal in situ são aqueles em que as células tumorais, de origem epitelial, ainda estão presas dentro dos ductos lactíferos (canais pelos quais o leite passa durante o período de amamentação). Hoje, ainda não existem biomarcadores que conseguem prever quais dessas lesões possuem, certamente, potencial para se transformarem em doença invasiva capaz de atingir os tecidos adjacentes e provocar metástase, e quais conseguem continuar relativamente estáveis e indolentes ao longo da vida, sem representar uma ameaça à vida da paciente.