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Critérios aprovam cirurgia metabólica para controlar a diabetes

19/01/2018

A opção metabólica foi reconhecida como opção terapêutica para pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), com índice de massa corpórea (IMC) entre 30 e 34, 9 kg/m², desde que a enfermidade ainda não tenha sido controlada com tratamento clínico. A decisão foi tomada com a aprovação da Resolução nº 2.172/17, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

"Com essa decisão, a autarquia objetiva contribuir para a redução das taxas de morbimortalidade no Brasil por meio do controle da doença", disse o 1º vice-presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro. No entanto, segundo destaca a norma, o tratamento cirúrgico não exclui a possibilidade de associar farmacológicos para evitar uma possível recidiva ou complicação.

A incidência de DM2 é uma das principais causas de acidente vascular cerebral (AVC), síndrome coronariana, insuficiência renal e cegueira, tendo atingido, neste século, status de epidemia. No Brasil, em 2015, 14,3 milhões de pessoas, com idade entre 20 e 79 anos, tinham a doença, havendo expectativa de que, em 2040, chegue a 23,3 milhões de pessoas. A médica do IMC desses pacientes, no entanto, é de 30 kg/m².

Para o CFM, a cirurgia metabólica é segura e apresenta resultados positivos a curto, médio e longo prazo, diminuindo a mortalidade de origem cardiovascular. A conclusão foi obtida a partir da análise de estudos prospectivos pareados com mais de 20 anos de seguimento e séries de casos controlados e randomizados. Além disso, o procedimento também gera perda ponderal significativa e sustentada a longo prazo, importante para o controle metabólico, independente do IMC basal.