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Controle de mosquito é parte do esforço para redução do risco de reurbanização da febre am

13/04/2017

O risco de a febre amarela voltar a atingir os centros urbanos tem sido uma grande preocupação de especialistas que temem uma nova expansão de surto da doença. Segundo o pesquisador Ricardo Lourenço de Oliveira, chefe do laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o perigo deve-se à existência de muitos focos de mosquitos nas cidades, embora muitos locais do Sudeste estejam intensificando a ampliação da imunização. “A possibilidade de reurbanização da febre amarela existe, por isso devemos monitorar os casos registrados e preventivamente agir no controle do Aedes aegypti, que tem potencial para a transmissão do vírus em áreas urbanas. Assim, atuamos também sobre o vetor de arboviroses importantes”, alerta Lourenço, que pesquisa sobre os riscos de reemergência de casos silvestres da doença com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, além de ter sido contemplado como Cientista do Nosso Estado, programa da Fundação que premia pesquisadores reconhecidos como liderança em sua área.

A proliferação do Aedes aegypti, problema que persiste no estado há muitos anos, é a causa pelo excesso em focos do inseto nas áreas urbanas, o que aumenta a possibilidade de uma epidemia ainda maior da febre amarela no próximo verão. “É preciso que a população entenda a importância de se vacinar para evitar a febre amarela, mas também a necessidade de continuar eliminando os focos do Aedes aegypti como uma ação continuada, que deve ser mantida ao longo do ano”, explica o pesquisador.