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Colesterol pode oferecer proteção à célula do sangue contra parasita da malária

17/07/2017

Cientistas coordenados pelo Imperial College London desenvolveram um estudo que demonstra de que maneira o parasita da malária penetra o glóbulo vermelho ao interagir com os receptores, as “glicoforinas”, da membrana que, separa a célula do mundo de fora. Os parasitas que saem do fígado têm “motores” moleculares que auxiliam na penetração do glóbulo vermelho. Porém, o estudo mostra que eles conseguem, ainda, alterar propriedades das células para obter a entrada. Com isso, eles conseguem fazer com que a parede celular se torne mais flexível.

Os pesquisadores mostraram como a proteína do parasita responsável pela invasão celular, a já conhecida EBA175, afeta as propriedades físicas da membrana, enfraquecendo a defesa da célula de maneira direta. Contudo, a pesquisa revelou que diferenças na rigidez da membrana podem ter influência na capacidade de invasão pelo parasita. Isso significa que o colesterol pode ter um efeito protetor contra a infecção por malária.

De acordo com os resultados, os glóbulos vermelhos com níveis mais elevados de colesterol poderiam ser mais resistentes à invasão e, consequentemente, à infecção pelo parasita. “Descobrimos que a entrada de glóbulos vermelhos não é apenas pela capacidade do próprio parasita, mas que as mudanças iniciadas por parasitas nas células vermelhas do sangue parecem contribuir para o processo de invasão”, esclarece Marion Koch, primeira autora do estudo. Jake Baum, líder da pesquisa, informa que, para entender melhor a infecção é necessário, além de estudar a biologia do parasita, investigar as respostas que as células do sangue exibem.