Informativo

Björn W. Karlson e colegas relataram, na edição de outubro de 2017 do Atherosclerosis, qu

10/11/2017

Pais que exigem o cumprimento de regras e que monitoram constantemente as atividades de seus filhos, buscando saber onde estão, com quem e o que fazem, correm menor risco de enfrentar problemas em relação ao abuso de álcool e de outras drogas quando essas crianças entram na adolescência. A probabilidade é ainda menor quando, além de monitorar e cobrar, os pais também abrem espaço para o diálogo, explicam o motivo das regras e se mostram presentes no dia a dia dos filhos, dispostos a acolher suas dificuldades, característica parental que especialistas chamam de responsividade.

A conclusão é de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com 6.381 jovens de seis cidades brasileiras e os resultados foram publicados na revista Drug and Alcohol Dependence. “A principal conclusão do estudo é que o estilo parental, ou seja, o modo como os pais educam seus filhos, pode ser um fator de proteção ou de risco para o consumo de álcool e outras drogas na adolescência. Isso significa que os programas escolares de prevenção devem, além de conscientizar as crianças, também se preocupar em treinar habilidades parentais”, diz a professora da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) e coordenadora da pesquisa que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Zila Sanchez