Informativo

Bisfenol pode desregular hormônios tireoidianos mesmo em dose baixa

06/11/2017

A ideia de um dos conceitos-chave da toxicologia, de que “a dose faz o veneno”, pode não valer no caso dos desreguladores endócrinos. É o que diz pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Presentes na água, no ar, nos plásticos, alimentos, cosméticos, remédios e em muitos outros lugares, esses compostos químicos interferem no funcionamento dos hormônios humanos e de animais, prejudicando importantes funções para o organismo, como metabolismo energético, imunidade, desenvolvimento neurológico e sexual.

O grupo da Unifesp observou, em experimentos com ratos, que mesmo em doses bem inferiores às consideradas seguras pelas agências reguladoras, dois conhecidos disruptores endócrinos – o bisfenol A e um herbicida à base de glifosato – podem alterar a regulação dos hormônios tireoidianos se a exposição ocorrer durante o período da gestação e do aleitamento ou durante a puberdade.

“Estudos recentes sugerem que, no caso dos desreguladores endócrinos, nem sempre a dose mais baixa é a mais segura, pois ela pode passar despercebida pelos mecanismos de defesa das células. Por outro lado, a janela de exposição parece realmente fazer diferença, sendo mais críticas as fases de desenvolvimento embrionário e aleitamento, bem como a puberdade, quando há grandes alterações hormonais ocorrendo no organismo”, explica Maria Izabel Chiamolera, pesquisadora responsável pelo estudo.

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Bisfenol pode desregular hormônios tireoidianos mesmo em dose baixa

13/11/2017

 ideia de um dos conceitos-chave da toxicologia, de que “a dose faz o veneno”, pode não valer no caso dos desreguladores endócrinos. É o que diz pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Presentes na água, no ar, nos plásticos, alimentos, cosméticos, remédios e em muitos outros lugares, esses compostos químicos interferem no funcionamento dos hormônios humanos e de animais, prejudicando importantes funções para o organismo, como metabolismo energético, imunidade, desenvolvimento neurológico e sexual.

O grupo da Unifesp observou, em experimentos com ratos, que mesmo em doses bem inferiores às consideradas seguras pelas agências reguladoras, dois conhecidos disruptores endócrinos – o bisfenol A e um herbicida à base de glifosato – podem alterar a regulação dos hormônios tireoidianos se a exposição ocorrer durante o período da gestação e do aleitamento ou durante a puberdade.

“Estudos recentes sugerem que, no caso dos desreguladores endócrinos, nem sempre a dose mais baixa é a mais segura, pois ela pode passar despercebida pelos mecanismos de defesa das células. Por outro lado, a janela de exposição parece realmente fazer diferença, sendo mais críticas as fases de desenvolvimento embrionário e aleitamento, bem como a puberdade, quando há grandes alterações hormonais ocorrendo no organismo”, explica Maria Izabel Chiamolera, pesquisadora responsável pelo estudo.

Em sua avaliação, as decisões dos órgãos que regulam o uso dessas substâncias devem passar a considerar também os princípios da endocrinologia e não apenas os da toxicologia.