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Aumento de vitamina D pode prevenir progressão de dependência insulínica

25/02/2019

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que níveis menores de vitamina D estão ligados à níveis maiores de glicose em mulheres. Na análise, mais de 65% das mulheres tinham hipovitaminose D (com nível sérico abaixo de 30ng/ml) ao mesmo tempo em que apresentavam um nível de glicose no sangue igual ou maior do que 100mg/dl.

“Sempre se postulou que a vitamina D exerce um papel no funcionamento da célula-beta pancreática, melhorando a resposta à insulina no aumento do nível de glicose no sangue. Esses novos dados mostram potencial benefício de níveis mais altos de vitamina D em indivíduos que ainda possuem uma mínima população de células-beta, melhorando a resposta à insulina e, talvez, prevenindo a progressão da dependência insulínica”, explica Tânia Valladares, responsável pela pesquisa.

Segundo ela, os achados são consistentes com a literatura, porém, outros estudos não mostraram benefício significativo de suplementos de vitamina D. Consequentemente, foram recomendadas novas pesquisas para diferenciar se os níveis séricos de vitamina podem ou não melhorar os níveis de glicose no sangue.

No estudo da USP, 680 mulheres entre 35 e 74 anos foram entrevistadas, fizeram exames físicos e tiveram amostras de sangue coletadas. A média de glicose no sangue era de 105mg/dl, enquanto o nível de vitamina D ficou em 26,4ng/ml. Entre elas, 3,5% reportaram que tomam suplementação de vitamina D. Mulheres que reportaram o hábito de exposição ao sol também apresentaram baixos níveis de vitamina D, abaixo de 30ngml, sem risco significativo de excesso de glicose no sangue