Informativo

Aspectos gerais do uso terapêutico dos incretinomiméticos, dos inibidores da DPP-IV e dos

21/03/2018

O GLP-1 é produzido pelas células neuroendócrinas L da mucosa intestinal e sua secreção no período pós-prandial é estimulada por nutrientes. O GLP-1 é um dos principais responsáveis pelo efeito incretina, denominação que se aplica ao fato de que a glicose quando administrada por via oral, ter um poder 60% maior de estimular a secreção de insulina do que quando aplicada por via endovenosa. O efeito incretina ocorre porque o GLP-1 estimula a secreção de insulina, além disso, o GLP-1 inibe a secreção do glucagon. Estas ações são glicose-dependentes e apenas observadas em condições de hiperglicemia.

Os efeitos fisiológicos do GLP-1 contribuem de modo importante para o controle da glicemia tanto no período pós-prandial quanto em jejum e estão diminuídos nos portadores de diabetes do tipo 2 (DM2). O aumento da concentração sérica do GLP-1 para níveis farmacológicos é capaz de corrigir a hiperglicemia de pacientes com DM2 o que motivou a formulação de estratégias para a o seu uso terapêutico.

O que inviabiliza o uso terapêutico do GLP-1 nativo é a sua vida média plasmática extremamente curta (menor que 3 min) devida a sua rápida degradação pela enzima dipeptidilpeptidase 4 (DPP-IV). Para contornar essa limitação foram seguidas três estratégias: o desenvolvimento de agonistas do receptor do GLP-1, a síntese de análogos do GLP-1 resistentes à inativação enzimática (em conjunto conhecidos como incretinomiméticos) e a criação de agentes inibidores da DPP-IV