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Antídoto para veneno de abelhas é criado por brasileiros

07/04/2017

Pioneiro no mundo, antídoto para veneno de abelhas foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) em parceria com o Instituto Vital Brazil. Ainda em fase experimental, o soro já foi aplicado em oito pessoas, salvando a vida de uma delas.

Descoberta genuinamente brasileira, a pesquisa começou há cerca de 20 anos no Cevap e partiu de uma tecnologia já existente para outros tipos de soro. “A partir disso, passamos a pesquisar um soro específico para picadas de abelhas africanizadas”, afirma o médico Rui Seabra, um dos pesquisadores. Ele diz que a pesquisa está na fase clínica 2, em que estão testando a segurança do produto, estabelecendo a melhor dose eficaz. “Com isso, temos que aumentar no número de pacientes. Passaremos para algo em torno de 100 ou 150 pacientes, em um número maior de cidades no país, para realmente comprovar estatisticamente sua eficácia”.

Uma ampola do soro com 10ml é suficiente para neutralizar o veneno de 100 abelhas. Se for aprovado em todos os testes, o antídoto estará disponível na rede pública de saúde dentro de, aproximadamente, um ano. Com mais tempo, o soro produzido por brasileiros poderá ser testado em outros países para exportação e produção. Hoje, o soro está disponível experimentalmente em hospitais de Botucatu (SP), Tubarão (SC) e Uberaba (MG).