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A suspensão da aspirina aumenta o risco de um segundo MI e AVC em 37%

27/09/2017

Achados de um novo estudo sugerem que a descontinuação da administração prolongada de baixas doses de aspirina na prevenção de doenças cardiovasculares, na ausência de cirurgia de grande porte ou sangramento importante, pode ser perigoso.

Para o estudo, publicado no Circulation, os investigadores examinaram dados de 601.527 usuários de baixas doses de aspirina na prevenção primária ou secundária que foram identificados no registro de prescrição farmacológica da Suécia. 

Eles observaram que pacientes que descontinuaram o uso de aspirina apresentavam uma frequência 37% maior de eventos cardiovasculares em comparação àqueles que continuaram a terapia. O risco aumentou pouco depois da descontinuação e não pareceu diminuir com o tempo. 
Os autores observaram que a descontinuação da aspirina pareceu ser “especialmente arriscada em pacientes com doença cardiovascular prévia”, com a ocorrência de mais um evento cardiovascular por ano em um a cada 36 pacientes que descontinuaram a aspirina, em comparação a mais um evento cardiovascular por ano em um a cada 146 pacientes recebendo prevenção primária e que descontinuaram a aspirina. 

Os achados vêm em um momento em que estudos detalham relatos de descontinuação da aspirina de até 30% e em que a baixa aderência à aspirina foi observada em até 50%.

Os autores disseram que esperavam que os achados ajudassem os médicos a tomar decisões esclarecidas sobre descontinuar ou não a aspirina.