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A resistência a agentes antimicrobianos poderia causar mais mortes do que o câncer

18/11/2016

“Em 35 anos, o número de mortes atribuídas à resistência a antimicrobianos (antimicrobial resistance, AMR) poderia ser maior do que as mortes atribuídas ao câncer, caso nada seja feito para lidar com as taxas crescentes de resistência.”

Esse é um alerta do Royal Australasian College of Physicians (RACP) e da Australasian Society for Infectious Diseases (ASID), que estão enfatizando a necessidade urgente de lidar com a resistência a antibióticos na Nova Zelândia.

Dr. Jonathan Christiansen, Presidente da RACP na Nova Zelândia, diz que a AMR está progredindo muito rapidamente na região. “Nesse exato momento, temos pacientes nos nossos hospitais que estão criticamente enfermos, e não conseguimos tratá-los facilmente. Isso irá se tornar cada vez mais comum”, afirmou.

A Associação solicitou ao governo que introduzisse um programa de gerenciamento de antimicrobianos com recursos adequados, incluindo diretrizes para a prescrição de antimicrobianos.

Em colaboração com a RACP, e dentro do contexto do movimento global Choosing Wisely , a ASID desenvolveu uma lista das cinco principais práticas e intervenções de baixo valor no campo das doenças infecciosas. Estas incluem: não usar antibióticos em casos de bacteriúria assintomática; não coletar material ou usar antibióticos no tratamento de uma úlcera na perna sem infecção clínica; evitar a prescrição de antibióticos para infecções das vias respiratórias superiores.